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A tendência de tratamentos com foco em saúde integrativa

Você sabe o que isso significa saúde integrativa? E por que investir em tratamentos que sejam mais amplos e avaliem o ser humano como um todo?

Segundo o fisioterapeuta Sergio Bastos Jr, saúde integrativa nada mais é do que olhar para a saúde e não para a doença. “Quando o foco é a doença, usamos remédios, paliativos e tratamentos que diminuam ou melhorem seus sintomas e que busquem a recuperação, ok. Mas quando a doença, ou dor, é originada de uma fonte que ainda existe, ou seja, que não foi ela mesma eliminada, o problema se torna recorrente e, muitas vezes, nos vemos reféns daquilo que nos faz sentir melhor, seja a alopatia ou mesmo algum tratamento holístico mais sistemático”, explica ele.

No caso da saúde integrativa, a ideia é investigar tudo que envolve o sintoma: desde sua manifestação mais simples até sua causa primária, que pode ou não estar no corpo, e pode ter mais de uma fonte, por exemplo. Por isso, a saúde integrativa observa, além do físico, as crenças da pessoa, seu sistema familiar, seus hábitos, sua rotina, seus pensamentos. “Com base em informações integrais, que promovam um panorama mais amplo do cotidiano daquela pessoa, é possível ter uma ideia mais concreta do que está causando o problema e quais suas possíveis soluções”, lembra Sergio.

A questão é que muitos nos nossos problemas cotidianos, desde uma simples dor de cabeça recorrente, uma dificuldade de digestão, até uma insônia, uma ansiedade que não vai embora ou quadros mais agudos de depressão, podem ser causados por mais de um fator, incluindo estilo de vida, crenças limitantes, auto sabotagem, entre outros. Cuidar para que o tratamento leve todas essas possibilidades em consideração é fundamental para que haja um caminho de reabilitação mesmo, e não apenas uma breve estiagem na tormenta de dores e emoções adoecidas.

No que a saúde integrativa difere dos tratamentos convencionais?

“Basicamente, a saúde integrativa tem um olhar abrangente sobre a vida do paciente. Para quem lida com psicossomática, por exemplo, um medo pode ser a causa de uma dor. Um trauma de infância pode ser a causa de um bloqueio na hora de praticar esportes. Uma super autoproteção pode ser a causa de relacionamentos fracassados. Só para citar alguns exemplos. Muitas vezes, a ideia que temos de um algo ou de nós mesmos é maior do que o fato ou a realidade em si. É a ideia que vibra, e é ela que causa mudanças hormonais, físicas, transtornos, síndromes”, revela o fisioterapeuta.

Por isso, ele explica: “o que fazemos é usar várias técnicas, como a Microfisioterapia e outras, que colaboram para que seja possível entender o panorama global do paciente, de onde vêm suas queixas e os problemas que podem, ou não ser o foco do tratamento. Muitas vezes, vamos além, descobrimos que há emoções e memórias que precisam ser limpar. E tudo é realizado com muito respeito pela história de cada um e pelas suas perspectivas individuais”, finaliza Sergio.